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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Compaixão a arte de sentir!

O que é a compaixão?

A dias venho querendo escrever sobre isto.

A que nível a compaixão vem tendo espaço nestes dias que se seguem em nossa existência?

Dentro da prática de yoga como podemos exercitá-la, dentro e fora do tapetinho?

A palavra compaixão tem um nome lindo em sânscrito, chama-se "KARUNA".

Podemos definir sim a compaixão como uma arte inerente aos seres e como toda a arte ela deve ser exercitada para que a possamos aprimorar cada vez mais.

Perceba que a compaixão não ocorre somente em seres humanos e graças hoje em dia com a ajuda da mídia digital, percebemos o quanto os animais e até mesmo as plantas desenvolvem um tipo de compaixão muitas vezes com atitudes que desafiam suas próprias naturezas. Um grande exemplo foram os estudos da primatóloga e ambientalista Jane Goodal que já a 50 anos trouxe todo um estudo referente a parte emocional e afetiva desenvolvida pelos chimpanzés. Além de Jane vários estudiosos hoje em dia também apontam sobre a sensibilidade das plantas...

Michael Pollan autor de livros e pesquisador tem sido referência nesta área, e em relação as plantas Michael diz que elas possuem sentidos como os nossos e podem sentir, aversão e dor como os humanos... Durante uma poda ou no fato de serem comidas por lagartas por exemplo, elas segregam o que seria uma espécie de analgésico para a dor.


A mimosa, um tipo de samambaia costuma retrair-se durante o toque.
Pollan iniciou uma pesquisa onde aprendera a conversar com a mimosa... Ele gotejava água delicadamente nela cada vez que ela se abria, aos poucos a plantinha parou de reagir percebendo que já não havia "motivos para temê-lo". 
Podemos perceber este exercício de Pollan com a planta como uma forma de cultivar a compaixão também, pois uma das prerrogativas que tornam tão especial este exercício é o desenvolvimento da empatia.

A mesma empatia que permite que uma floresta seja tão diversa. A mesma empatia que permite que uma delicada bromélia desenvolva-se tão lindamente se estiver associada a uma árvore.

Derramar pouco a pouco gotas de empatia pode ser o primeiro passo para o exercício básico da compaixão. Ou seja, dar bom dia, pedir desculpas, desejar o bem, dar o assento, permitir, sorrir etc... estes exercícios diários ampliam nossa consciência periférica sobre tudo o que nos cerca...Aos poucos vamos nos permitindo a ver nossa singularidade como uma peça de encaixe ou a continuidade desta grande mandala que chamamos de VIDA.
A sua presença se torna pouco a pouco imprescindível, todos os seres reagem a esse estado de ser, afinal quem não gosta de estar ao lado de uma pessoa gentil que derrama doçura.
Não se trata de estar apenas forçando uma falsa felicidade, não, não é isto, é justamente o contrário.

O exercício da compaixão te permite seres quem tu é, com leveza.
Existe um ditado que diz que o rio apenas contorna os obstáculos. 
A maioria dos obstáculos sejam eles físicos, mentais ou espirituais se beneficiam com o exercício da compaixão.

Você pode sentir que neste momento as coisas não estão a fluir na sua vida como gostaria, seja porque motivo for, pode ser uma doença, falta de dinheiro, o fim de uma relação.
Neste caso as primeiras gotas de empatia são com suas emoções e sentimentos. Por favor não menospreze suas emoções, no yoga aprendemos a mergulhar e percebe-las, chamamos isto de "VICHARA"ou seja auto pesquisa.

PERMITA SENTIR SUAS EMOÇÕES COM  DISCERNIMENTO.

Permita ser bom consigo próprio. Quando a culpa,  a auto severidade, auto piedade chegar não os convide para jantar. Observe-os, trate-os bem, depois permita que se vão, afinal somos humanos e as mesmas emoções que nos incomodam também são parte de nosso caminho evolutivo.
O mindfullnes ou a "meditação consciente" ensina isto.

FALA COM TEU CORAÇÃO!!!

Um passo básico para o auto exercício da compaixão é perguntar para o coração o que ele deseja durante sua prática de meditação, ou mesmo quando você simplesmente se aquieta a noite, ou quando acorda pela manhã...

Dentro da sala de yoga pode-se realizar vários exercícios que nos auxiliam a trabalhar este processo dentro e fora de nós mesmos. Ou seja, comigo e com o outro.
Isto aos poucos reflete-se na vida, não significa que vamos nos livrar de todos os problemas e que todas as pessoas sorrirão de volta quando você derramar suas gotas de empatia.
Mas significa que algo em você está se transformando o suficiente para não mais dar tanta importância as coisas pequenas e mesquinhas. Porém, de outra forma suas gotas de empatia irão abrir portas para que você comece a enxergar o mundo de um jeito único, dando espaços para a compaixão...

Animais, plantas, enfim todo o meio ambiente começa a se tornar parte integral de quem você é.
Permita-se!

Namastê!!!

Com amor escrito pela professora Jane Gomes.
























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